sábado, dezembro 15, 2007
pois nunca a usou"
É dezembro,
e ainda há lugar para andar
sem prestar atenção nas encruzilhadas,
nas farsas escondidas, vendinhas de alma.
É dezembro
e me recordo aonde posso estar.
Todo espaço é um alento para o corpo
que tenho de carregar.
É dezembro...
Há vagas para os desatentos,
incautos e sonolentos.
Uma grama verde pra deitar
Veio d'água, barulho de vento
É dezembro
ganhe um sorriso de graça
da morena que vem e que passa
pois é o verão chegando com cheiro de mar.
É dezembro,
e depois janeiro e depois desespero
e muito mais qualquer lugar,
Debaixo de sete palmos
sem sonho sem atrevimentos
esperando algum dezembro chegar.
...
poesia tardia: julianodarede
sexta-feira, novembro 09, 2007
Ser Mítico
Ai não está o mito.
Pois ele percorre as camadas dos poros,
Da superfície.
Sente toda a presença sinestésica da vida!!!
O mito, é a pedra lançada à água
Que produz suas ondas para avançar.
A pedra seria o mito
A onda seria o rito
Quem é a água?
Sou eu, é você, é o povo de uma nação
A violência do mito amortecido no povo.
É por isso que os mitos “acabam”
“Água mole, pedra dura..."
O povo absorve e desgasta sempre a superfície essência
Do mito e ele um dia se dilui no povo.
Ai sim, neste momento que o mito não é mais mito e sim fato
É a prova de existência superior de possibilidades
É o suprasumo estorpor vital da linguagem.
devaneio: juliano darede
27/05/2006
quinta-feira, novembro 08, 2007
MAIS UMA VEZ
quinta-feira, novembro 01, 2007
O SOL VAI ILUMINAR O RUMO CERTO...
Bem mais nítido,
Que o gran senhor.
Sonhador e ostentador
Da grande aurora.
Subdivisor de toda
A reserva de poder.
Enérgico mesmo ao luar
-O encontro de todas as marés.
O grande sacrifício do mestre,
De ascenção universal.
Castigado pela
Adoração despretensiosa
Da multidão .
Solidária, pai, estrela
-E penitente a esta terra-
Que sempre ofertou
O melhor a quem dela
Sabe aproveitar.
O receptor da grande chama.
Estação de todas as épocas.
O manto atômico, insonoro.
O conter de toda a redenção
De nunca se falar -um- único nome em vão.
sábado, outubro 27, 2007
Que se deu um tiro.
Só vê Rajada de meteorito!?!
Já ouviu a história de Galileu!?!
Sabe quem foi Jesus Cristo?
Ele perde todo o brilho
Por que o Pessoa era ateu !?!
E o segundo é definido
Só como “Não merecedor do reino dos Teus”!?!
O quê realmente deve ser sentido!?!
Bote a pele exposta ao Sol.
O câncer social é obra de Deus!?!
Tem consciência de infinito!?!
Se seu amigo se dá mal
Você como apoio só diz
“Se fudeu”!?!
Ou quis se desprender do eu!?!
Já tentou desobedecer seus vícios.
Além da taboada,
O Quê você aprende ou aprendeu!?!
Responda:
Quem deixou o mar vazio !?!
Não ouço mais falar de peixes, pés descalços em plena terça
Tão menos, os encantos e mistérios de sereia.
Só vejo ao longe, boiando,
Brilhantes, Garrafas pets em noite de lua cheia.
segunda-feira, outubro 15, 2007
Aonde um dia, o nascimento.
No vale de um chapadão,
em um longíncuo ventre.
Vi o renascimento se abrir à mim novamente.
De pedra. Porta pedra sedenta.
Metáfora que vale uma nova vida.
Calmo,que o vibro delicia.
Volto sem nunca ter partido.
E aprendo no romance das pedras
terça-feira, setembro 18, 2007
REBENTO
Lá invém mais .............................................um rebento.
Nascido do alento,
Do grito e da dor.
Seu choro é a vitória velada,
De uma emboscada, peleja
Entre o sonho maneiro e o amor
Lá invai também .........................................um outro.
Cansado da vida, morto.
Envolto num pano alvo, incolor.
Só o Fardo pesado,
Calado, miúdo, velado
Carregado ao buraco. Um andor.
O que vem tem sede
O que vai tem mágoa
Ungidos em sangue e água
Lá vai os .........................................................dois rebentos...
sábado, setembro 15, 2007
REDE
segunda-feira, setembro 10, 2007
REBENTO DA REDE
Vim, lhe dizer
O que não é melhor nem para mim nem pra você
Pois é de nós
Venha para esta rede adormecer
Em um rebento distante
A sala vazia..
Minha mente exitando instantes
Desta tarde tão fria
Silêncio matinal... e a rede esta chamando pra dormir
Um sonho monumental, divinal
Venha e entre:
Aprofunda, aprofunda
Afunda, afunda os pés na areia...
No rebento, a sala, um tormento
A prece , o cio e o silêncio
Vestir minha camisa, o dever de vestir minha camisa
O futuro volta...
Se aproxime do sol
(Caminhante e Praiano,
A Brisa embate em seus anos.
Lição de vida,
Vocês também.
A 'Transcenção' é botar ela na ventania)
...Soluço brilhante
É que a minha mente, mente, mente, mente!!!
Aproveite, não existe a morte
Mesmo tendo pouco tempo pra viver
Saliente que você não esta nessa
Saliente que você percebe
Toda causa e efeito
O caminho... a evolução
Sapiência no rebento eu perdi
Sapiência no rebento que eu perdi...
Se não aguenta, tome leite
Pois o leite alimenta
Me respeite, e as
Minhas lágrimas no peito.
"Minha consciência é o que me leva por ai"
Sua consciência é o que te leva por ai
Grande Deus a missão
Minha consciência é minha religião
Se oriente rapaz pela constelação
Mas se projete rapaz
Pois lá haverá a salvação.
poesia sináptica: Juliano DaRede
terça-feira, setembro 04, 2007
Dionisius
O que fizeram com a liturgia de eros
E a magia ilícita de psique!?
Alguém ainda quer comer aquela puta poesia...
verbos e espasmos !?!.
verbos, prosódias ,vírgulas
Prateleiras sujas, enfeites barsa
Fala mole e
Nenhuma disposição.
sexta-feira, agosto 31, 2007
0 & 1
segunda-feira, agosto 27, 2007
O Homo Sapiens e as Duas Serpentes
A humanidade segue duas trilhas. A primeira, do caos. Em seu sentido universal, mitológico, físico, psíquico, cultural e social - do pó ao pó. A serpente inferior, que age como um verme pisado, e faz com que a vida, tornando-se o palco de conflitos infindáveis, incorra em sua autodestruição. É o Kali Yuga, a era dos conflitos. É o estado inferior, do homem que não se observa. Nesta trilha, as sociedades seguem sua jornada, passo a passo, a não se sabe onde.
Presas em um labirinto. Supondo evoluir quando na verdade, estão enclausuradas na teia das aparÊncias e das repetições, cumprindo o medíocre papel de autômatos, na perpétua luta contra moinhos de vento.
A segunda trilha, é a da Chama da Sabedoria. Que, independente da sua área de atuação,é a única que trabalha verdadeiramente no sentido de despertar o Homem. Partindo do princípio "conhece-te a ti mesmo", para o desenvolver suas potencialidades latentes. É a única trilha capaz de despertar a matéria para a consciência, para a aventura, eternidade. É a serpente superior.
Velha questão levantada, entre outros, por William Blake em seus provérbios: O prolífico e o devorador.O prolífico é a fonte. Gera, através de suas atitudes e obras, os frutos do Prazer. O devorador, não passa de uma cisterna. Contém, mas não derrama. Pois bem, esta cisterna recolhe os excessos da Energia do prolífico e, ao mesmo tempo anseia em domesticá-lo, condená-lo à fogueira da estupidez.
Trata-se da peleja entre o bom e o mal. quando na verdade deveria haver um matrimônio entre eles. Mas, ambos poderiam se conciliar? Se existe um caminho do meio para o Ocidente, encontrá-lo-emos. Por hora só podemos tentar. Porém, a hipocrisia, os grilhões do devorador arrastam a humanidade para a escuridão. E o que é a escuridão? Algo assustador não é verdade? Os mais deliciosos dos vinhos e das paisagens. Mas isso depende da qualidade dos teus olhos, do apetite, e de como você reage aos fantasmas. Pois "A noite sorve seios de luz". agora, repare bem, a escuridão oriunda do devorador não seria jamais a Escuridão universal, nem o subconsciente do prolífico, esse que vem a ser justamente o Artista Verdadeiro.
Discorramos um pouco sobre esta estrela-grão-de-areia, este operário do etéreo, da eterna Chama. Falemos sobre o artista..
Quando não se trata de um Homem, de uma Mulher, sua obra nada vale. É apenas a sombra de uma obra, uma imitação, um acumulo, uma facilidade, emfim, a farsa de um esteta celerado. Os grilhões são sua taboa de salvação. Somente o prolífico é capaz de interagir nos corpos do individuo, alterando sua compreensão de si mesmo e da humanidade da qual faz parte.
Por ser um artista, pesquisador, amante, o seu trabalho deve estar centrado não em tornar-se celebre no futuro, mas sim em ter luz própria, agora. Irradias, revelar o segredo de que nós "homo sapiens estamos nos saindo bem, apesar de dizerem o contrário. Que temos realizado muitas coisas da quais podemos nos orgulhar". Com ânimo, deve seguir adiante. Estar atento ao seu corpo, emoções e intelécto. Somente assim poderá sentir e transmitir a sua essência.
Temos uma história para escrever e deve ser escrita já. Com simples, mas poéticas e intensas atitudes. A lógica das lógicas é o Amor. Nunca deveriamos permitir que a arte ( ou a negação da mesma) e o conhecimento se tornassem coisas fúteis, meramente rentáveis, pois assim não passamos de escravos, criminosos. Condizentes ao caos. Aliados à terrivel serpente negativa.
texto: Walter Sarça
segunda-feira, agosto 20, 2007
quarta-feira, agosto 15, 2007
quarta-feira, agosto 08, 2007
Imprint
e posso estar aqui, dentro dos dados
Rolando, despejado em reativas possibilidades.
Do Re-imprinting à porta vanguarda
De arvores, que antes podadas formas
Fazem-se agora desgrenhadas
Seguindo padrões de fractais
Fluxos continuos, ondas de mares
Que, tentam rumos, pousadas
Obsoletos, como velas ao cais
Buscando porto, ou mesmo um morto
Naufrago espaço em meio ao horizonte
pra poder registrar, o fim do ato
ou mesmo um traço, que descreva
Quem foi o desencarnado.....
Mas isso nunca aconteceu.....
Na realidade o morto nunca morreu
sábado, agosto 04, 2007
Invicto viver, Proscrito morrer
Que num se assenta, nem se esgueira
Onde passa em marcha mil milhões de sedentos
Forçando na brecha do tempo
Um tempo pra sonhar.
Encautos, esquecem os autos,
O cenário e o espetáculo
E migram de cá pra lá
em passos fortes, sem função.
Cobrem grandes vastos
Mas não vêem a vastidão.
Perdem a proeza de um céu bonito
Ou a forma tão em voga
Que um dia lhe fez
Membro invicto da nação.
poesia: juliano darede
quarta-feira, agosto 01, 2007
Crise...
Novidade...
Estamos em 'crise'....
Talvez para as pessoas que ainda não tinham recorrido ao dicionário para saber qual o significado de tal palavra....pois nunca haviam sentindo na pele o que todos os dias passam aposentados em filas de INSS ou de "seres humanos" que correm atrás de aspirinas inexistentes e mortes pungentes no caos terrestre dos INSTITUTOS DE SAÚDE PUBLICA.
Fora os artistas que ainda são os bufões ou bobos da corte do establishment; os adolescentes que não possuem mais o universo betty boop e sim a linha de montagem psico-bélica e consumista nos entreterimentos; fora a solidão-invejo-ganância que se não traz desgraça pra mim, fatalmente vai gerar pra você; e fora isso e fora aquilo...
O pior é ver essa histeria midiática que simplismente joga, de forma um tanto ridícula e perigosa, com nossas dúvidas, nossos medos e pior nossa consciência.Um jogo tão inescrupuloso que só a arte aceita e nos mostra como uma verdade, casos como de "HOTEL RUANDA" ou "TIROS EM COLUMBINE".
A mesma mídia que flagra e repudia a prostituição, a vende em forma de acompanhentes de classificados ou de garotas que cobram um milhão para imprimirem suas vaginas selecionadas e qualificadas em photo shop, para as respeitaveis e adjetivadas revistas masculinas...É até irônico e cômico acharmos uma desavença um Senador pagar por uma reprodutora apenas trezentos mil reais!!!!!Impagável mesmo, foi a apresentação teatral no senado. E com certeza a maioria irá pagar novamente "ingressos" na proxima eleição para o ator, pois o espetáculo não pode parar.
Estamos em crise, uma nova velha crise....Crise existêncial. Não conseguimos sentar coletivamente no divã e falar abertamente: "Estamos seguindo um caminho muito errado". Caminho este que foi traçado sob a alcunha da mais terrivel repressão: o medo de romper com a pedagogia do oprimido da velha tradição.
texto: juliano darede
quinta-feira, julho 26, 2007
Vagabundo Estelar
do mesmo lado, dimensionado
No mundo, me acabo...
Destarte em um pulso se abre
a nova janela da arte.
Tao impessoal, vem o sonho
Neste espaço hiperdimensional.
Viajem de um vagabundo hipnótico
Que me abraça, me vence sem único golpe
Ciclope miragem desconhecida,
O som que vibra como um gole
Mendigo da forma escolhida
Da forma desacelerada.
Que passa desapercebida
Na hora neutra da madrugada.
poesia: juliano darede
sábado, julho 14, 2007
PLano / Planta / Planeta Terence McKenna
Nunca houve na história , crise mais profunda que a atual, de sorte que as nossas soluções devem ser igualmente drásticas.
Proponho que adotemos a planta como modelo organizacional da vida no séc. XXI, tal como o computador parece ser o modelo mental/social dominante de fins do séc.XX, e como o motor a vapor foi a imagem norteadora do séc> XIX. Isto significa retornar no tempo a modelos que se mostraram bem-sucedidos há + - 15.000 anos. Feito isso, torna-se possível ver as plantas como alimento, abrigo, vestimenta e fonte de educação e religião.
Para iniciar o processo, declaramos legítimo o que vimos negando há tanto tempo. Declaramos legítima a natureza. Todas as plantas e, por sinal, todos os animais são declarados legais. A noção de plantas e animais ilegais é odiosa e ridícula.
Restabelecer canais de comunicação direta com o SER planetário, o espírito que anima a natureza, através do uso de plantas alucinógenas constitui a nossa última esperança de derrubar as muralhas de inflexibilidade cultural que aparentemente nos levam à verdadeira ruína.
Precisamos de um novo par de óculos para enxergar o caminho que trilhamos neste mundo. Quando o mundo medieval mudou de ponto de vista, a sociedade européia secularizada buscou salvação no renascimento das noções clássicas greco-romanas de lei, filosofia, estética, planejamento urbano e agricultura. Agora, o dilema que enfrentamos nos projetará ainda mais longe no tempo em nossa busca de modelos e respostas.
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Grande parte do mal-estar moderno, inclusive a dependência em relação a substâcias químicas, bem como psicoses e neuroses reprimidas, pode ser resolvida mediante conhecimento direto das verdadeiras dimensões do risco representado pelo uso de plantas psicodélicas. A posição da planta pró-psicodélica é claramente antidrogas. A dependÊncia em relação a drogas resulta de um comportamento habitual, impensado e obsessivo - precisamente as tendÊncias de nossa formação psicológica que as substâncias psicodélicas atenuam. Os alucinógenos contidos nas plantas dissolvem hábitos e submetem as motivações à inspeção, a partir de um ponto de vista mais amplo, menos egocêntrico e mais abalizado dentro do indivíduo. Seria tolice dizer que não há risco, mas é igualmente desinformado dizer que não vale a pena correr tal risco.
O que é preciso é validar experimentalmente uma nova imagem orientadora, uma metáfora dominante capaz de servir de base a um novo modelo social e individual.
A relação entre plantas e seres humanos sempre constituiu a base de nossa existência individual e grupal do mundo.
O que eu chamo de Retorno à Cultura Arcaica é o processo de redespertar a consciÊncia de atitudes tradicionais com relação à natureza, inclusive as plantas e nosso relacionamento com elas. O Retorno... significa a eventual quebra do padrão de domínio e hierarquia masculinos, baseado na organização animal, algo que não pode ser alterado da noite por dia por uma mudança súbita da consciÊncia coletiva. Ao contrário, seguir-se-á naturalmente do reconhecimento gradual de que o tema dominante que rege a recuperação da Cultura Arcaica é a idéia ou o ideal de uma deusa da vegetação, a própria Terra sob a forma de Géia...
Quanto mais próximo um grupo humano estiver da gnose do espírito vegetal - a coletividade telúrica da vida orgânica -, mais íntima será a sua conexão com o arquétipo da Deusa e, portanto, com a forma de organização social à base de participação. A última vez que o pensamento ocidental foi revigorado pela gnose do espírito vegetal se deu em fins da era helênica, antes da supressão final das religiões dos Mistérios por bárbaros cristãos superzelosos.
continua.......
TERENCE MCKENNA
sexta-feira, julho 13, 2007
continuação....
Creio que a intuição generalizada da presença de um Desconhecido, sob a forma de companhia feminina na viagem humana através da História, data da primeira vez em que o homem mergulhou no espírito vegetal. Foi essa imersão que propiciou o contexto ritual no qual a consciência humana veio à luz da autopercepção, da auto-reflexão e da auto-expressão: a luz da Grande Deusa.
O que significa aceitar as soluções das formas vegetais de vida como metáforas da condução da vida humana no mundo? Duas mudanças importantes seguir-se-iam à adoção de tal hipótese:
* Feminização da Cultura. A cultura seria feminizada a um ponto que ainda não foi totalmente explorado. A ConsciÊncia Verde significa reconhecer que a divisão real entre masculino e o feminino não é uma divisão entre homens e mulheres, e sim uma divisão entre nós mesmos, como animais conscientes - guerreiros onívoros e desbravadores da terra, suprema expressão do yang -, e o manto de vegetação que envolve o globo - o antigo elemento yin metaestável que constitui, de longe, a maior parte da biomassa do planeta.
* Uma busca interior de valores. A interiorização é a caracterização é a característica do estilo vegetal de existÊncia, e não do estilo animal. O animal caminha, migra e forma novas comunidades, ao passo que as plantas permanecem onde estão. As plantas vivem em uma dimensão caracterizada pelo estado sólido por aquilo que é fixo e resistente. Se há movimento na consciência das plantas, deve ser o movimento do e´spírito e da atenção no nível da imaginação vegetal. Talvez seja este o verdadeiro fim apontando pelo restabelecimento da conexão com a Deusa da vegetação, através das plantas psicodélicas e do Retorno à Cultura Arcaica: que a vida do espírito é a vida que adquire acesso aos reinos visionários existentes em nossas mestras vegetais mágicas. Esta é a verdade que os xamãs sempre souberam e praticaram. A percepção do estado de espírito verde foi chamado de Veriditas por von Bingem, visionário do século XII.
Um novo paradgima capaz de trazer a esperança de um meio que nos arranque da areia movediça de nossa atual cultura deve oferecer uma agenda voltada para o mundo real e para os crescentes problemas enfrentados pelo planeta.
continua em agosto......
quinta-feira, junho 21, 2007
Perma cultura RACIONAL!!!
Permacultura é a junção das palavras permanente e agricultura...
Busca um equilibrio sustentavel entre a natureza (recursos naturais) e as necessidades sustentáveis do homem (em harmonia no seu meio ambiente)
É muito interessante a praticidade e sabedoria dessa nova possibilidade de se tornar um pouco mais autônomo em sua existência planetária....
Pena....muita pena são alguns preços estipulados por ai
mas ja da pra ter uma noção em alguns lugares generosos como o aglomerado de sites:
http://www.permacultura.org.br/
e em uma comunidade do orkut que da algumas dicas e tira duvidas na medida do possivel (geranciado por Suzana Maringoni)
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=111403
é interessante também juntar uma grana pra fazer um PDC que é um curso de 60 horas que da uma visão introdutória sobre o assunto
http://www.naupyrata.blogspot.com/
terça-feira, junho 12, 2007
quarta-feira, junho 06, 2007
segunda-feira, junho 04, 2007
Sentado aos pés do Deus
Que nao se sabe se tem fim
Eu olho um pouco o todo que há dentro de mim
E no espaço em volta me multiplico, um infinito.
Calçando os pés na terra
E mirando o que já me espera
A voz de Deus, não é a voz do povo
É o inaudivel do ovo, o infra-som.
Toda forma de ser
As mil petalás do lótus
Da raiz ao topo,
À ascenção do espírito e o corpo
Que deve se regenerar.
Do big ben a teoria do caos
nada mais deve importar
muito além do bem e do mal
jornada da alma imortal
juliano darede
sexta-feira, junho 01, 2007
sexta-feira, maio 25, 2007
Comedores de Ópio
É hora, agora...
Lá na tocaia, no beco escuro
De boca em boca, um grito e um sussuro
Tocado e travado nas cordas que emanam
De leve, rasgado num nó na garganta
O espelho me mostra o que é natural
Infiltrado no ínfimo ser ancestral
As marcas no rosto e a gola bem suja
Estremece quem mede a distância em altura
Se ele me toca, o som no vazio
Percebe bem mais do que um vão estribilho
E a sede é curada com o que não é visto
Na porta, no íntimo sertão do infinito
E agora que o tempo só esta ebulindo
Partido no espaço do ser corrompido
É hora de ver mais do que se tem visto
E apontar o desejo num novo caminho
juliano da rede
quarta-feira, maio 02, 2007
SARAU NOVO SOMA CULTURAL com FEIRA dE TROCAS
domingo, abril 22, 2007
Krajcberg - Poeta de formas distorcidas
quinta-feira, abril 12, 2007
Pra chaqualhar o esqueleto!!!!!
Feira de Troca no CONIC!
Feira Escambau - 3º Edição
A Cooperativa Trilha Mundos está promovendo a terceira edição da Feira Escambau em abril. O objetivo é criar um ponto de encontro em Brasília para troca de artigos literários (livros, revistas em quadrinhos), fonográficos (CD’s, LP’s, DVD’s), além de roupas e acessórios. A Feira acontecerá no sábado, dia 14 de abril, das 14h às 19h, na Praça Central do Conic.O uso de dinheiro no evento não será permitido, valendo apenas a prática do escambo. A organização da Feira está recebendo inscrições pra quem quiser ter um estande fixo no evento. Os interessados podem mandar e-mail para feiraescambau@gmail.com . A organização enviará uma ficha de inscrição que deve ser preenchida. Para entrar em contato conosco por telefone basta ligar para (61) 3036.9179. Não cobramos taxa pela participação, apenas exigimos que os participantes se comprometam a não realizar vendas.
domingo, abril 01, 2007
Inclassificaveis!!!!
E que o profeta gentileza esteja certo quando diz que a "beleza vai salvar o mundo!!!!!!!!!!!"
Eu espero um tempo pelo menos
Pra falar da falta do que fazer
De invenções temíveis
Ao que nunca se crê
Até o dia que se deixa e se espera acontecer
Extirpam o combatente do fogo
E ateiam a ira de si mesmos, nos outros
Acham que vão calar uma voz que nunca se apagou
Negra, Branca, multicolor.
Desse país que é uma gota de "pureza"
Em um vasto mar multicultura de beleza.
Umbanda Om que soube respeitar
toda natureza de cada força suspensa
Vinda de perto e de milhas e milhas
De um mesmo lugar.
E a pergunta que vem forte nos sussuros
É aonde isso tudo quer chegar.
Espero o reverberar de pelo menos um grito....
poesia: juliano darede
segunda-feira, março 19, 2007
Quinta feira, 22 de Março
Fernando Teles (61)8424 9390
Marina Mara (61)8452 3096
Rafael Marques (61)9673 8238
somacultural@gmail.com
quinta-feira, março 15, 2007
Buscando agente acha....e quando quer achar coisa boa, muita coisa....ouça
Um som barato que é um barato total, que vai de musica folclórica até os gritos de Gal
Um disco raro de Tom zé, até ver de cara uma peróla do Hermeto Pascoal!!!!
Muito bommmmmmm o blog http://sombarato.blogspot.com/
Lá vocÊ pode baixar de uma forma barata muita coisa boa
Dessa musica tão cara que nós tupiniquins damos tão pouco valor!
Yeah men... Tupy or not TUpy!?!
Diz ai....
quarta-feira, março 14, 2007
Entrevista com o etnobotânico Terence Mckenna
Terence McKenna foi um pesquisador de plantas psicodélicas de projeção internacional. Nasceu no Colorado(Estados Unidos) em 1946, graduou-se pela Universidade de Berkley e obteve mestrado em Xamanismo e Conservação de Espécies Botânicas. Em 1992 publicou o livro "Food of the Gods" ("Comida dos Deuses"), onde descreveu a evolução humana a partir do consumo de substâncias como o DMT e a psilocibina, encontrada em cogumelos alucinógenos. McKenna morreu em 2000 e é considerado por muitos como um "cientista da Nova Era". Esta entrevista foi concedida a revista OMNI em 1993.
OMNI: Para que servem suas pesquisas com substâncias psicodélicas?
MCKENNA: É uma tragédia pensar que alguém pode ir para o caixão ignorante das possibilidades da vida. E faço analogia com o sexo. Poucas pessoas podem evitar, em suas vidas, uma experiência de natureza sexual, já que sexo é uma das informações de que a condição humana dispõe. Sexo é um grande prazer, sexo liberta. Detesto pensar que alguém pode morrer sem experimentar sexo! O mesmo acontece com a experiência psicodélica. Ela é parte legítima da condição humana. Ela disponibiliza uma infinidade de informações fundamentais que perdemos quando o homem passou a se distanciar da natureza.
OMNI: "Food of the Gods" liga DMT à psilocibina. Qual a relação?
MCKENNA: A psilocibina (presente em alguns cogumelos e no LSD) e o DMT são quimicamente da mesma família. Meu livro é sobre a história das drogas; mostra o impacto cultural e o poder de desenhar a personalidade que elas possuem. As pessoas têm tentado, sem sucesso, responder como nossas mentes e consciências podem derivar do macaco. Já formularam todo o tipo de teoria sobre isso, mas para mim a chave que destranca este grande mistério é a presença de plantas psicoativas na dieta do homem primitivo.
OMNI: O que o levou a concluir isto?
MCKENNA: A teoria ortodoxa da evolução nos diz que pequenas mudanças adaptativas de uma espécie acabam sendo geneticamente impressas em seu DNA. Os descendentes da espécie vão acumulando novas mudanças adaptativas, até que o conjunto de mudanças gere outra espécie. Pesquisas de laboratório mostram que a psilocibina, mesmo ingerida em quantidades muito pequenas, é capaz de imprimir mudanças em nós. Nos anos 60 Roland Fisher, do National Institute of Mental Health, deu psilocibina a voluntários, e então realizou testes oftalmológicos. Os resultados indicaram que a visão periférica aumenta quando havia psilocibina no organismo do voluntário.Bem, o aumento da visão periférica seria de grande ajuda adaptativa para o hominídeo, pois caçavam com mais sucesso e se defendiam melhor, também!
Então aqui temos o fator químico: quando adicionado à dieta, psilocibina resultou num excelente "artefato" de sobrevivência.Quando os macacos desceram das árvores encontraram cogumelos no solo. Em pequenas quantidades aumentou sua capacidade visual periférica; em maiores quantidades, aumentou as atividades de seus sistemas nervosos centrais, que resulta em maior atividade sexual e, conseqüentemente, descendentes que carregam genes modificados pela psilocibina.
OMNI: Como as informações disponíveis sobre a psilocibina sustentam sua teoria?
MCKENNA: Bem, este é o problema: a psilocibina foi descoberta em 1953, e não foi totalmente caracterizada até ser proibida, em 66. A janela de oportunidade que se abriu para estudá-la foi de apenas nove anos. Quem pesquisava a psilocibina nem sonhava que os estudos seriam proibidos pelo governo americano! Quando o LSD foi apresentado à comunidade psicoterapêutica, e uma grande esperança de estudos dos processos mentais e psicológicos se abriu, o governo suprimiu as pesquisas com drogas psicodélicas. A conseqüência disto é que a comunidade científica está capenga, pois não pôde cumprir sua missão de conhecer profundamente os mistérios da mente humana. A ignorância e o medo do governo atrapalharam o trabalho dos cientistas.
OMNI: Você está dando uma enorme quantidade de poder a uma droga. O que você pode dizer sobre a psilocibina?
MCKENNA: Ainda não sabemos tudo o que a psilocibina e o DMT podem oferecer. É como quando Colombo avistou terra, e alguém disse, "Então você viu terra. Isso é importante?" , e Colombo disse, "Você não entende: este é o Novo Continente" . Então uns marinheiros, como eu, retornaram da viagem dizendo, "Não há bordas no planeta, ele é redondo. E mais: não há monstros marinhos, e sim vales, rios, cidades de ouro" . É duro de engolir, mas caso possam voltar a estudar a psilocibina, os cientistas poderão revolucionar a forma com que lidamos com o ser humano e com o universo. Nos últimos 500 anos a cultura ocidental suprimiu a idéia de inteligências desencarnadas, da presença real de espíritos. Mas trinta segundos de viagem com DMT acabam com a dúvida. Esta droga nos mostra que a cultura é um artefato, que você pode ser um psiquiatra em Nova York ou um xamã em Ioruba, mas que essas realidades são apenas convenções locais que organizam as pessoas em sociedade. A experiência com DMT é universal, pois mostra do mesmo modo, para qualquer pessoa de qualquer cultura, a legitimidade do universo espiritual.
OMNI: Bem, mas a cultura nos dá alguma coisa para fazer, Terence.
MCKENNA: Sim, mas a maior parte das pessoas acha que cultura é o que é real. A psilocibina mostra que tudo o que você sabe está errado. O mundo não está sozinho, não é tridimensional, o tempo não é linear, não existem coincidências. Existe, sim, um nexo interdimensional.
OMNI: Se tudo o que sei está errado, então o que está certo?
MCKENNA: Você precisa reconstruir. É, no mínimo, uma tremenda permissão para sua imaginação. Você não tem que seguir Sartre, Jesus, ninguém. Tudo se esvai, e só o que você pensa é, "Sou apenas eu, minha mente e a Mãe Natureza". Esta droga mostra que o que existe do outro lado é uma impressionantemente real forma de vida auto-consistente, um mundo que permanece o mesmo toda vez que você o visita.
OMNI: E o que está lá nos esperando? Quem?
MCKENNA: Você cai num espaço. De alguma forma, você pode dizer que é subterrâneo. Existe uma sensação de enclausuramento, mas ao mesmo tempo o espaço é amplo, aberto, caloroso, confortável de uma forma muito sensual, material. Há entidades totalmente formadas, não há dúvidas de que essas entidades estão lá. Enquanto isso você diz, "Batimentos cardíacos? Normais. Pulso? Normal." Mas sua mente está dizendo, "Não, eu devo ter morrido, é muito radical, muito, muito radical. Não é a droga, drogas não fazem coisas assim", e você continua vendo o que está vendo. A droga nos tenta revelar qual a verdadeira natureza do jogo. Que a dita realidade é uma ilusão teatral. Então você quer encontrar seu caminho até o diretor que produz a realidade, e discutir com ele o que acontecerá na próxima cena.
OMNI: Você dedicou boa parte de sua vida no mapeamento do DMT e da psilocibina. Como você os interpretaria?
MCKENNA: Estas substâncias podem dissolver numa única viagem toda a sua programação mental até então. Elas te levam de volta à verdade do organismo - a que diz que idioma, condicionamento e comportamento são totalmente desenhados para mascarar. Uma vez dopado, você renasce para fora do envelope da cultura. Você chega literalmente nu neste novo lugar.
OMNI: Você acha que realmente existe algo como uma "bad trip"?
MCKENNA: Uma viagem que acaba te fazendo aprender mais rápido do que você quer é o que as pessoas chamam de bad trip. A maior parte das pessoas tenta dosar o aprendizado inerente às drogas, mas às vezes a droga libera mais informação do que você é capaz de aprender. Para piorar, a mensagem pode ser, "Você trata mal as pessoas!", e ninguém quer escutar isso.
OMNI: Como você pode defender as drogas com tanto entusiasmo quando elas estão associadas a tanto sofrimento e caos?
MCKENNA: Nós deveríamos falar da palavra êxtase. Em nosso mundo, comandado pela Madison Avenue, êxtase é aquilo que você sente quando compra uma Mercedes e pode bancá-la. Mas este não é o significado certo. Êxtase é uma emoção complexa que contém elementos de medo, triunfo, empatia e pavor. O que substituiu nosso pré-histórico conceito do êxtase é a palavra "conforto", uma idéia tremendamente asséptica, letárgica. Drogas não são confortáveis, e qualquer um que pense que elas são uma forma de conforto ou escapismo não deveria tomá-las até que tenham coragem de lidar com as coisas como elas realmente são.
OMNI: Que tipo de pessoas não deveria tomar drogas?
MCKENNA: Pessoas mentalmente instáveis, sob enorme pressão, ou operando equipamentos dos quais dependem as vidas de outros seres humanos. Ou pessoas frágeis, ingênuas, superprotegidas. Algumas pessoas foram tão estragadas pela vida que a dissolução de amarras não é boa para elas. Essas pessoas deveriam ser cuidadas com carinho, e não encorajadas a arrebatar limites. Se por fatores genéticos, culturais ou psicológicos as drogas não são para você, então não são para você. Não estou pedindo para que todas as pessoas tomem drogas, mas acredito que assim como uma mulher deve estar livre para controlar sua fertilidade, uma pessoa deveria estar livre para controlar sua própria mente.Todos deveriam ser livres para tomar o que quisessem, e estar bem informados sobre o que cada opção envolve. Exatamente como acontece com educação sexual. Hoje a forma com que lidamos com informações sobre drogas é a mesma como fazíamos nos anos trinta com sexo. Você aprendia através de rumores! Então as pessoas acabam tendo idéias absurdas sobre as coisas.
OMNI: Onde está sua esperança?
MCKENNA: Está na psicologia e nos jovens. Eles têm o que nunca tivemos: pessoas mais velhas que já tiveram experiências psicodélicas. O LSD tomou, e ainda toma, de assalto nossa sociedade. Dois estudantes de bioquímica podem fazer um pequeno laboratório móvel e produzir, num final de semana, de 5 a 10 milhões de doses de ácido para distribuir em papel pelo mundo. Esta facilidade e discrição criou uma pirâmide de atividade criminal de tanta potência que o governo reage como se um revólver estivesse apontado para sua cabeça. O que, no fundo, é verdade! A estratégia certa é subversão, atenção e discreto não-conformismo contra o tédio e a opressão do mundo.
OMNI: Terence, meu amigo, existe alguma coisa que o deixa com medo?
MCKENNA: Loucura. As pessoas me perguntam, "Posso morrer tomando esta ou aquela droga?". É a pergunta errada. Claro que sempre existe algum risco em qualquer coisa, mas o que é realmente perigoso é a sua sanidade, porque como a desconstrução da realidade é infinita, você pode se mudar para algum outro lugar. Tenho medo de não ser capaz de contextualizar essa desconstrução, me perder e não retornar à comunidade humana. Estamos tentando construir pontes, não navegar infinitamente.
OMNI: Como você vê o futuro?
MCKENNA: Se a história seguir futuro adentro, será um futuro de escassez, preservação do privilégio, controle da população através do uso cada vez mais sofisticado de ideologia para acorrentar e iludir as pessoas. Estamos no limite exato. O que também potencialmente nos aguarda é uma dimensão de tanta liberdade e transcendência que, uma vez lá, viveremos de imaginação. Seremos rapidamente irreconhecíveis se comparados ao que somos hoje porque hoje somos definidos por nossas limitações: a lei da gravidade, a necessidade de comer, de ficarmos ricos. Temos o poder de nos expandir indefinidamente para o prazer, atenção, carinho e conexão. Só precisamos nos libertar e nos permitir.
encontrado em algum lugar do orkut e
postado aqui por juliano da rede