quarta-feira, novembro 05, 2008

Leiloaram minha inteligência
No presente, no sonho passado
várias dimensões temporais.
Mas também no futuro
e dos lados.

Me trocaram a cada dia,
e acabei projetado.
O tempo que só eu tinha,
e ali ele era sagrado.

Força numinosa bem vinda!
eu te invoco a soar no acaso
E vibre em comum simpátia
Com todo ser planetário.


Da rede...

domingo, novembro 02, 2008

Grande Mestre

Num quadro barroco,
Jesus Cristinho
Sofrendo calado,
Teve a revelação.
Que perante o calvário
Poucos soam presentes, irmãos.

Roupa frouxa, a caber corpo pálido,
De prego e coroa à tristeza.
Pão e circo versus Gentileza.
A sangria rubra de carne.

Dos dizeres , hermes sagrado.
Sacrosanta força, natureza.
O amor, ó glória primeira!
Mais que grana,matéria de barro.

Te pagam até hoje em moedas,
De açoite frio e esquálido.
Futilibidi mentes de sonhos
Que juntas, não dão um centavo.

Do corpo, restava "menum" pouco.
O espírito amparou nos braços.
Pele que não se entendia.
A poça mostrando o fracasso.

E foi-se, dizer a seu pai
Porque, agora traído?

Ouvindo de queixo caído,
Fitou de olhar cabisbaixo.

Franziu o seu jeito de sempre
E disse, como quem vê o diabo!

"Meu deus! Agora estou escaldado!
Que o homem é sempre o primeiro
A fazer e entender tudo errado."


poeta: Juliano da Rede