terça-feira, setembro 04, 2007

Dionisius

Karl Brulloff. Silen, Satyr and Bacchanals. 1830s



O que fizeram da heresia
da orgia e da sacanagem?!

Da poesia lasciva, do ritmo
alucinante do komos da arte!?!?


O que fizeram com a liturgia de eros
E a magia ilícita de psique!?

Arrancando as tripas da festiva
Alegoria da liberdade!!!


Onde está a boca bendita de Bocage.

Impingiram a ditadura do corpo
e pregaram a loucura no rosto
Do velho Marquês de Sade.


Alguém ainda quer comer aquela puta poesia...
.
.
.
Aquela ninfomaniaca de línguas,
verbos e espasmos !?!.

Quase ninguém mais se suja em seus espaços,
Suas brechas molhadas de sangue e suor...
Fluido de carne viva.


Hoje, agora....poesia é considerado apenas
verbos, prosódias ,vírgulas
Prateleiras sujas, enfeites barsa
Fala mole e
Nenhuma disposição.


"Desse pudorzinho cacete que é a forma mais inteligente de perversão"
.
.
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poesia: Juliano DaRede

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa de mais, esse de poesia que tem ser explorado por nós...
Vamos fazer uma história...
Quinta dia 13 é nois na Intervenção somática!
Abraços!

Anônimo disse...

:)))))