sexta-feira, dezembro 26, 2008

Avó!

Batida de ponto,
cantiga de mar.
Alvas rendas roupas,

Aceno de alegria e penar

*

Pano branco envolto à cabeça.


O resplandencer, Nos olhos, a beleza

Da fraquesa que a força comporta

Harmonia de homem e natureza.




*


E a roda fazia sua parte
Unindo quem fosse chegando
Amando quem estava rodando
E rodando quem esqueceu de se amar.


*
Na cadência da onda batida
veleiro pra iemanjá!
Saúdo odoiá, odoiá negra rainha
Mãe senhora, rainha do mar.

*
oferenda: juliano da rede




sexta-feira, dezembro 19, 2008

Ufo - Éter na mente -Sapiens


A minha alma num UFO
Vislumbrando o espaço ausente
Percorrendo todas esferas solares
Estelares Esferas de gente.

Sabendo que tudo renasce
Mais que o inimaginável
Além do monôtono e estável
Aquém ao mal ou bem.

O alien seria denunciado como anti-cristo.
Novo salvador, aclamado !
Ouviriamos em nossas mentes seus ditos
Compreenderiamos muito mais que os ditados.

Adaptação livre sobre Terence Mckenna.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Barra Vento



Para pescar,

você precisa enfrentar

as mãos da maré.

E botar fé.

Amar o axé do mar!!


É flutuar.

É como que deitar na cama

e beijar, e beijar, beijar, beijar

os lábios de Iemanjá.


É Barra-vento, fileira de coqueiros

de cabelos desgrenhados,

aos que estão desavisados.


É Barra-vento, trincheira de coqueiros

De água pura em seu cachos

Cede a todos de alma pura!!!


diretinho pro mar: juliano da rede...de pescar

quarta-feira, novembro 05, 2008

Leiloaram minha inteligência
No presente, no sonho passado
várias dimensões temporais.
Mas também no futuro
e dos lados.

Me trocaram a cada dia,
e acabei projetado.
O tempo que só eu tinha,
e ali ele era sagrado.

Força numinosa bem vinda!
eu te invoco a soar no acaso
E vibre em comum simpátia
Com todo ser planetário.


Da rede...

domingo, novembro 02, 2008

Grande Mestre

Num quadro barroco,
Jesus Cristinho
Sofrendo calado,
Teve a revelação.
Que perante o calvário
Poucos soam presentes, irmãos.

Roupa frouxa, a caber corpo pálido,
De prego e coroa à tristeza.
Pão e circo versus Gentileza.
A sangria rubra de carne.

Dos dizeres , hermes sagrado.
Sacrosanta força, natureza.
O amor, ó glória primeira!
Mais que grana,matéria de barro.

Te pagam até hoje em moedas,
De açoite frio e esquálido.
Futilibidi mentes de sonhos
Que juntas, não dão um centavo.

Do corpo, restava "menum" pouco.
O espírito amparou nos braços.
Pele que não se entendia.
A poça mostrando o fracasso.

E foi-se, dizer a seu pai
Porque, agora traído?

Ouvindo de queixo caído,
Fitou de olhar cabisbaixo.

Franziu o seu jeito de sempre
E disse, como quem vê o diabo!

"Meu deus! Agora estou escaldado!
Que o homem é sempre o primeiro
A fazer e entender tudo errado."


poeta: Juliano da Rede

quarta-feira, outubro 22, 2008

Somos seres planetários

E como tal, seguimos as esferas da terra

Com suas freqüências alternadas

Seus elementos e constituições

Com sua forma e seu serviço

Sua vida e o seu pulso.

Tal com a terra, possuímos camadas

Que vão até a ionosfera.

O que nos defende é a aura

A camada que proteje e nos guarda

Tal qual terra que pode se expandir.

Primário é ser barro

E não se deixa empedrejar.

Depois a forma

O contendo no estar.


E ai são as coisas da coisa

que se contém

em alguém.


poema: juliano Darede

quinta-feira, outubro 09, 2008

Eu ainda me lembro
Da época que o tempo
Não existia.

Saudade é pra morrer de morte morrida

Saudade que toma força ,
Que faz as coisas comum a todas
E traz a tona lembranças boas.
Fatos da vida

Que amarga, mas cura a ferida
Quando se sacia o desejo dela.

Saudade qual o remédio,
Me de a cura, não me segura,
Meu Deus socorro se não te falo
Que meu estado é de loucura
E só é tratado
Quando me largo ou me distraio
nos braços dela.

Saudade é pra morrer de morte
Saudade é pra morrer, matada êêê
matada!!!!
Ê Ê Ê Ê saudade !!!


saudosismo: juliano darede

terça-feira, agosto 19, 2008

E foi assim que eu vi
o quanto trago pedra em meu peito.
Bruto rubi, sem forma e opaco,
Mas que vale os poucos tustões
que me fazem valer um bocado.
Foi você que descosturou meus pontos
na altura de meus corações.
Chegou até os abcessos
que eu achava cicatrizados
e botou suas mãos.


Eu agora sinto dor na cura
Mas lhe digo sem frescura
Que no fundo isso é bom

e assim vou voltando meus trocados

terça-feira, agosto 12, 2008

Principício

Achei meu precipício.
A América dos navios,
Famintos de navegantes.

Naves flutuantes
Que um dia viram
Flechas partir os destinos

Haveria modos de combater os espíritos?
(Meu peito distraído
Agora sente
Medo de inimigo)

Venceu o guerreiro
O peso do umbigo
E a selvageria
Foi trocada por
Espelho,colar e brincos.

A índia banida do mundo.
Pindorama de
Mais um Éden Destruído.

Esse é o destino dos danados
Nas mãos
Que exclui o grande mar de excluídos.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Rio de Alma

Aonde você brota?
Aonde você quer chegar.

Por onde passo perto;
Em meio a um deserto,
ou em seus braços.

Aonde você brota?..
Aonde você vai chegar...
..
Por onde passo perto;
Em meio a um deserto,
Ou em seu cachos de cachoeria

De cachoeira

Oxumama, dourazeite.
Derrama teu leite de cachos
Seu sorriso fácil
Areibeira de mar.

poesia: Juliano DaRede

terça-feira, julho 01, 2008

Será que eu estou descobrindo algo
Ou cada vez me enterrando
Lá no alto do monte que é frio
O suficiente para querer se jogar

Há mais limbos que todos os vícios
Alto lá a quem quer se queixar
Do principício bem mais querer
Querer, bem mais que estar
Pra lá muito pra lá estimo; sabe saber, saber!!!!!

quinta-feira, junho 26, 2008

orixás pra fazer pesquisa
[15:46:13] Maíra diz:
um comentário, aquela parada que os maias tem tres calendarios que se interligam eh muito doida
[15:47:17] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
tridimensional !!!!!!
[15:47:21] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
em cada um
[15:47:45] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
os cara já conceberam um fractal temporal
[15:48:42] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
que tem uma progressão, um pulso
[15:49:00] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
e que em determinados momentos se anulam
[15:49:04] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
!!!!!!!!!!!!
[15:51:57] Maíra diz:
isso eh muito loco!!! ontem a gente tava conversando sobre isso
[15:52:38] Maíra diz:
a parte tridimesional eh o explica melhor as previsões, melhor do que astrologia moderna que está um bom tempo atrás dos maias
[15:53:08] Maíra diz:
se vc ver num site besta na internet a explicação maia, eh muito mais precisa que um mapa astal completo
Agente já tem preconcepções demasiadas.

O mundo está carente de novas idéias
e pra achar essas boas novas, você tem que procurar
onde não há, onde ainda está
o sentido vazio do Tao.
Respirar de preferência,
o ar inodoro que todos o sentem.
Por que o vazio e o nada,
Não mentem .

Juliano DaRede depois de insentivo do ailton

os maias viam o tempo como algo que voltava
[15:02:00] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
entao presente passado e futuro eram tudo condensado em "aqui e agora"
[15:04:02] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
o terence falando naquele vídeo sobre o tempo estar se afunilando cada vez mais......
[15:04:24] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
se comprimindo e comprimindo cada vez mais
[15:04:36] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
isso é lombra real
[15:04:47] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
vc num sente naum
[15:05:29] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
antes não sentia o redemoinho
[15:05:38] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
agora cada vez mais é forte
[15:05:55] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
estamos chegando no momento de abandonar o tempo
[15:06:10] WWW.REBENTODAREDE.BLOGSPOT.COM diz:
e voarmos no espaço
[15:07:25] WWW.REBEN

quarta-feira, junho 25, 2008

forá tudo aquilo ...!?. .?!...

tá tudo bem . ? ! ...

Abrigo

Hoje eu resolvi escrever, de nada.
De alguém que possa me rogai uma praga.
Dos fatos que dizem bom dia que é barra.
Nem à BOLA de meia , NEM àquela pelada
Hoje eu vou dizer à ninguém.

Vou dizer dando pala, risada
tendo a aula mas já não na sala
Dizendo bem mais do que em si, se cala
O que bate, extrai e exala
mas não pertence à ninguém

Estima saber que a bala
Mesmoá trajetória engajada
Ao menos zuniu e a rala
Menoas ainda me força à cala
Na hora ensinando a mim e amém.



Aqui fundindo o muito maior que é bonito.
Muito além do mal definido, alter ego do bem.
Em estado, ignorância. Tudo esta corrompido
Bem cai no revolto, àté passagem pro zen.

Valeu; saúdo os amigos
E tudo que lhes convém
A todos, meu canto é o abrigo
Só entende minha pausa quem tem.


adiando mais um dia: Juliano Da Costa,Praia dos Santos DaRede. Rede, pego peixe, rede levo pro mar.Mar que quase me leva, vela em querer, vê elevar.

segunda-feira, junho 23, 2008

Coisidade das coisas

Tinha a mesma forma de sempre
mesmo molde, matéria, cunhado, presente
cor, textura, impresso, latente
linhas, contornos,talvez algo que se sente.

Utilidade, coisa e coisidade entre
o ser-apetrecho e o simples meramente.
Mas o olhar passou a ser diferente
pois agora observivi as propriedades do ente.

coisidades do ser-apetrecho no apetrecho: juliano da Rede sobre a filosofia de Martin Heidegger

segunda-feira, junho 16, 2008

Ê madeira

madeira
Ê madeira
madeira ê
é pau pesado.
Como dói em mim
como dói de mais
lembrar do sofrimento na vida de meus pais.
é madeira que rói
que seca e estála.
que queima consumida
mas que aquece a madrugada.
que incha molhada
como a lua cheia, maré áurea.
é madeira no meio do caminho
é madeira em toda a estrada.

a benção minha mãe.
a benção ao meu pai.
gosto de lembrar quem vocês são
gosto de vocês de mais.


terça-feira, maio 20, 2008

Ainda, Insanidade!

ainda a insanidade
do que os olhos feridos
por não saber distinguir cores
cabeças que rolam dados

só espreitar luz fungida
raio de zeus entrecortado
matriz força guerreira
impressã de choque à vista

em cela de vidros transopacos
A fronte se faz mais fugidia
vadia se leva ao que viagem
percebe na causa reprimida
um tanto de fatos ocultados.



hra neutra da madrugada: Juliano DaRede

quarta-feira, maio 14, 2008

Peneirando o Mundo

Na peneira, na beira da praia
Semente de Gaia, respiro bem fundo
Eu estou no mundo...

Na cabeça, uma tropicália.
Dos capim navalha.
Cosquinhas no bucho.
Bucho do mundo...

O que é mundano,
-E roda como estivesse parado-
serão, do mesmo plano
-Mesma matéria, ativo, criado-
de ação, do maior pomo
- Genéticostela,
átimo imaginário-
de adão, mesma família
-o devir e saber promulgados-

Irmãos;
como serão, no futuro,
as crianças
que hoje se exparràmaram no
chão.

peneirando lá do alto: juliano DaRede
Zeitgeist
Já consegui responder muito do porque
que as instituições governamentais, privadas,
religiosas, ongniana!!!rsrs ; pseudo socio educacionais
e outras comídias privam-nos do maior direito que um ser humano pode ter!!!!!
Que é a liberdade de poder dirigir sua própria consciÊncia!!!
Mandar realmente e se responsabilizar por suas ações!!!
Interrelacionar-se e reconhecer em você a energia natural!!!
Perceber que você só é uma célula, devir de sua função, dentro desse mundo de possibilidades
E que vocÊ é igual; e não preto, mulçumano, branquelo azedo
Gordo, feio, protestante, ateu filho de Deus!!!
Quem ainda quer dar vivas ao Admirável Mundo Novo Distraído!!!!!
Se sentir um selvagem porque reflete perante o espelho
E percebe...O que realmente está acontecendo!!!
O Filme é esse ae!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ZeitGeist http://video.google.com/videoplay?docid=-2282183016528882906

FLW!!!


juliano DaRede

terça-feira, maio 13, 2008

...

Via os garotos correndo.
E as mesmas praças paradas.
Via a carta cantada
Num sonho, bem fazejo de mar.
De nada,
de nada,
de nada,
de nada, de nada, de nada, de nada, de nada, de nada...

Caminhar...

Soltando fraco o sopro da vida.
A lida de manter em pé,
O que você acredita.
É claro, tem quem duvida.
Que era só mais uma ...

Do amor palavra, ascende.
A única gota, dê-la
Todo o oceano, meu
Pranto não coube, e então?

Será? ...mas lavou, atua
Presença há tua, ausência
Minha consolação, matura
Na paz há guerra, quiçá
Força na solidão.
Juliano DaRede

COMÍDIA

As ladainhas, pregadas todos os dias
É a mesma sopa fria.
Amanhé segui, daitéti consolo-natal.


Tudo isso é para cura de apatia.
Bela contrária, contradição.

Era pra ser, se não seria.
Do tombo ao teto,
Da margem ao chão.

Feia mentira, mefifesteiria
me diga “What the bleep dou you really now”?
Qual é a sua opinião?

.
.
.
O gbera dide.....................ele levantou-se
Diedie............................ devagarinho,
Okó dide ................................o falo levantou-se;
Wò o olú .................................entrou o cogumelo.
.
.
.

Odale ........................o inimigo Oculto.
Òwè ..................um pedido de ajuda
Oòrùn ..........................pro sol.


O Sol, vital
Gemoterapia.
Lua tal pedra,
reflexo do ciclo
estelar .

*
*
*
po(p) e(n)try : Juliano DaRede

terça-feira, maio 06, 2008

EROS aPedra Bruta

"No começo era o caos"
Hesíodo

Eros é o Deus do Amor
Nascido ao mesmo temo que terra
Gerado a partir do caos primitivo
e adorado sob a forma de uma pedra bruta.

Pra outros é Filho da noite, ave negra
Primeiro nascido, do ovo primordial
Dividido em duas partes
Origem do Céu e da Terra

Assegurador da continuidade das espécies
Mas também da coesão interna do cosmo

Eros...

Mensageiro mediador do amor
Patrocinador da Filosofia
Amor, amor, amor,amor.
Amor à sabedoria.

terça-feira, abril 29, 2008

Ambivalência

CAusa do que compõe

o que é e o que deve

o que sobra quando tenta

esteril que engendra.

o que brilha em escuridão.


O que fala qndo cala

o que trava quando sola

o que vara mesmo quieto

o que imposta tão inserto

o santo que tem perdão.


a dúvida tão certa

a certeza incorreta

bobagem que vale

o crepusculo d'tarde

limite da imensidão.


sexta-feira, abril 25, 2008


Espelho de outro
(quando este lhe reconhece, em si mesmo)

Eu queria chegar nessa estrada.
Rápido, quantum, Luz... daquela estrela
Que varou a madrugada.

Para elas não há distâncias.
Só um sinal.
Para elas não há distâncias.
Só um sinal!!!

Para elas não há distâncias.
Luminoso afirmam
Que ainda há vida. Há vida!!!
A vida não me anda abusada

- Fato que dou graças –

Mas me prega impulsos... de vontades
Reveladas em grandes matizes de cor.

Sorria pra essa noite .
Sorria enluarada.
Sorria para mim.

quarta-feira, abril 23, 2008

Inexpressando o Inatingível

Expurguei minha mente.
Invadi a casa de células, viciadas.
Reduzido a pó e ao sabor do ventre,
Desbravei seivas dos meus sentimentos.

Senti o vivo.

Como a senda que assemelha ao assobio;
O grito, gemido de quem está morrendo.

Vendo, pude até sair.

Sem passividade
Percebi no fundo, um som vazio.
Todo um brilho
Invadiando o Inatingível.

Não fui sozinho.

E pelas vozes que ouvia
Fui cumprindo o devaneio
Reinventando meu caminho.
Totalizando todo esforço do destino,
Só pra poder fazer "ao que veio?"
Só pra poder me libertar.


poesia: juliano darede

sexta-feira, abril 18, 2008

Romance das pedras
(Resposta da natureza à indagação)

Um dia, você me disse
Que poderia sugar toda a força
Do mundo. Como um buraco fundo
Que um dia foi estrela;
Mas preferiu se afundar em proporção.
Então? Seu tato com as pedras
Dizem que a humanidade veio dela.

Não pediu perdão.
Se reconciliar com a sensível dureza.
Nem ao menos viu a luz.

Não sabe a força que lhe conduz;
E está aquém de minha natureza.
As pedras são únicas a ter compromisso .
Sem pressa , vão traçando destinos.

O tempo e o espaço ainda hão de se redimir.
E tudo que resta e há, é gota que custará tão caro aos olhos da ganância.
Mas tão rica a mim quem souber usar.
Pois a um tempo, jaziam leite de pedras
Beleza magnética que dificilmente arreda.
Certeza eterna, opaco brilhar...

"De onde sei que isso é assim?
Justamente por isso."


poedura: juliano da rede

terça-feira, abril 15, 2008

...

Eu passo por baixo de goteiras
Que respingam, a me molhar.
Marquizes que protejem somente
velhos móveis a venda.
Encharco meus sapatos em pequenos lagos;
Poças que empenam rodas,
Que empenam o humor...
Atravesso a rua
Que sempre pediu descanço,
mas nunca seus faróis
deixaram de funcionar.
Meus olhos necessitam, horizonte.
Pausa.
Não há.

tédio: juliano darede

terça-feira, abril 01, 2008




No Tempo de Rama
Muito lobo vestido em pele de cordeiro.
Oferenda no altar
E o embate à acompanhar o baque e os desejos.


Caminhante, avante lado a lado
No presente, no passado
Mas também no futuro e dos lados


Olhai pro céu


Soou os búzios transcendentais
Kali Yuga do tempo agitado nos raios de Iansã




Tendo lábios
E a cabeça fervendo
O som estará rompendo
todas as paredes de seu pensamento,
Pois se souber olhar pro céu
O encanto de elementos
-Palavras cantadas na boca do céu-
E ecoando pra um céu maior
Muito além do que é bom ou pior.




Olhai pro céu, Olhai pro céu...





oferenda: juliano darede

segunda-feira, março 24, 2008


Cora Coralina
Que menina linda

Faz docinhos caseiros
E faz poesias.


Lá no Goiás
tinha uma menininha

Que fazia umas docerias
Pra nós cumê.


Era Cora Coralina
Ela era a menina
Era até poetiza
e embalava o meu viver


Cora Coralina
Cora Coralina


Cora, Cora de vergonha meu irmão
Não core só exposto ao sol não


poedoceria: Juliano DaRede


quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Em algum lugar do passado

Todos os métodos que querem me anestesiar
Não valem o desejo de assassinato em meu coração.
O fluxo de sangue deve ser visto por todos;
Jorrando a vida, jorra a ação !
Extinguir o pus da ferida é de longo processo,
Como também arrancar as imagens de um olhar atroz.

O olho quer rever a verdadeira carne.
Os lábios querem sentir o labor
Das veias recheadas de mel pro vampiros.
Caro mel que nutre carrascos e assassinos.
Mel que alimenta a todos nós.

poesia: juliano da rede

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Uroboros



Subo no mundo

Um dia me acho

De um breve refluxo

Me disfaço...