terça-feira, agosto 19, 2008

E foi assim que eu vi
o quanto trago pedra em meu peito.
Bruto rubi, sem forma e opaco,
Mas que vale os poucos tustões
que me fazem valer um bocado.
Foi você que descosturou meus pontos
na altura de meus corações.
Chegou até os abcessos
que eu achava cicatrizados
e botou suas mãos.


Eu agora sinto dor na cura
Mas lhe digo sem frescura
Que no fundo isso é bom

e assim vou voltando meus trocados

terça-feira, agosto 12, 2008

Principício

Achei meu precipício.
A América dos navios,
Famintos de navegantes.

Naves flutuantes
Que um dia viram
Flechas partir os destinos

Haveria modos de combater os espíritos?
(Meu peito distraído
Agora sente
Medo de inimigo)

Venceu o guerreiro
O peso do umbigo
E a selvageria
Foi trocada por
Espelho,colar e brincos.

A índia banida do mundo.
Pindorama de
Mais um Éden Destruído.

Esse é o destino dos danados
Nas mãos
Que exclui o grande mar de excluídos.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Rio de Alma

Aonde você brota?
Aonde você quer chegar.

Por onde passo perto;
Em meio a um deserto,
ou em seus braços.

Aonde você brota?..
Aonde você vai chegar...
..
Por onde passo perto;
Em meio a um deserto,
Ou em seu cachos de cachoeria

De cachoeira

Oxumama, dourazeite.
Derrama teu leite de cachos
Seu sorriso fácil
Areibeira de mar.

poesia: Juliano DaRede