terça-feira, abril 15, 2008

...

Eu passo por baixo de goteiras
Que respingam, a me molhar.
Marquizes que protejem somente
velhos móveis a venda.
Encharco meus sapatos em pequenos lagos;
Poças que empenam rodas,
Que empenam o humor...
Atravesso a rua
Que sempre pediu descanço,
mas nunca seus faróis
deixaram de funcionar.
Meus olhos necessitam, horizonte.
Pausa.
Não há.

tédio: juliano darede

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