quarta-feira, março 04, 2009

COISA

Eu, por ser isso,
Nada além de umbigo.
De areia seca e algumas pedras.
Sofro do mesmo mal que todos
os seres dessa terra.
.
E por ser aquilo outro,
que não o ideal do sonho.
O torto, o bicho, o esquisito
Ando em matas virgens
A buscar meu caminho.
.
E lá as vezes me sinto maldito.
O rei em sua coroa, um bufão pro riso.
Uma carroça de peso, tolhido.
Uma pena de leve, me leve...
.
Para todos os lados que jogo
me cobra o outro, a balança.
E quando me penso e neutralizo,
sou a coisa a deixar vazios.
.
Sou a coisa a deixar vazios...

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